Salvas essas crônicas, posso afirmar que não restou praticamente nada de tudo o que sonhei, planejei e sugeri nesses anos de cronista num jornal da minha terra.
Vale destacar a existência do “Museu das Árvores”, um pequeno bosque de árvores nativas, de madeira nobre, motivo maior para a construção e alimentação da minha liberdade e da minha eternidade.
A grande dor resume-se em saber de um provável destino trágico de tudo o que expressa vida, nesse lugar herdado dos meus pais, salvo na base de sofrimento e penúria.
E, então, na passagem do tempo, resta o consolo de não sermos noticiados da derrubada da floresta e do surgimento de mais um pedacinho de soja ou de pasto, infestado de veneno, novamente carregado de muito suor e de algumas migalhas de pão.
Essa polenta feita em fogão a gás não traz um cheirinho de gente fina e chique?
Ah! vamos lá, taliani bona gente, façamos logo o enterro dos ossos dos nossos pais e avós...
Ano: 2020
Edição: 1ª
Editora: EST Edições
Idioma: Português
Páginas: 152
Papel: Ofício